Pacto Pela Paz
Programa prepara jovens ao mercado de trabalho
Iniciativa faz parte do eixo de prevenção do Pacto Pela Paz e abrange três bairros da cidade
Paulo Rossi -
O nervosismo durante uma entrevista de emprego é um fantasma que assombra muita gente. Especialmente na primeira tentativa, o despreparo pode significar a eliminação do candidato do processo seletivo. O déficit foi identificado pela prefeitura durante ações do Pacto Pelotas pela Paz e uma estratégia foi criada com o objetivo de tranquilizar e qualificar os jovens. É o programa Start, que oferece cursos de iniciação ao mercado de trabalho a jovens entre 14 e 24 anos.
A iniciativa está disponível a moradores dos bairros Areal, Sítio Floresta e Colônia Z-3. Cada núcleo tem turmas de até 30 alunos. O curso é ministrado por profissionais da prefeitura e do Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) em oito encontros semanais. Questões que tiram o sono dos jovens, como o que falar na entrevista de emprego, como se portar, o que vestir e até mesmo como montar um currículo são esclarecidas durante as aulas.
O estudante Éder Pereira, 16, participa do curso e já percebe as melhorias. "Principalmente na capacidade de falar em público", completa. Ele nunca passou por uma entrevista de emprego e ainda não se sente preparado para isso. Ao final das aulas espera se sentir mais confiante. "Acho que vai me ajudar porque vou saber como agir", justifica. Integrar o curso motivou o jovem a buscar outras qualificações. "Durante as férias eu pretendo iniciar outras atividades", comenta.
O programa Start é parte do Banco de Oportunidades, que pertence ao eixo de Prevenção do Pacto Pelotas pela Paz. O coordenador do Banco e um dos criadores da iniciativa, Pablo Salomão, explica que a demanda foi apresentada pelos empresários. "Eles falam que os jovens vão para a entrevista muito despreparados e, por isso, é difícil contratá-los", conta. Para tentar acabar com o problema, o Start oferece a preparação ao mercado de trabalho.
Protagonista de sua própria história
De acordo com Aline Crochemore, uma das responsáveis pelo Start, o programa também tem como objetivo estimular o jovem a pensar criticamente sobre a realidade em que está inserido. "Queremos que ele saia do contexto de vítima e passe a ser protagonista de sua própria história", pontua. A iniciativa é totalmente voltada a jovens em situação de vulnerabilidade social.
As pessoas que se encaixam no perfil proposto e desejam participar das aulas podem entrar em contato com as escolas públicas ou os Centros de Referência em Assistência Social (Cras) do seu bairro. Atualmente, o programa está disponível apenas para moradores do Areal, do Sítio Floresta e da Colônia Z-3. Até o fim do ano ele deve ser expandido para o Centro, o Getúlio Vargas, o Laranjal, o Navegantes e o Pestano. Um novo núcleo no Areal também está previsto. Cada turma abrirá 30 novas vagas, totalizando 240 até dezembro.
Carregando matéria
Conteúdo exclusivo!
Somente assinantes podem visualizar este conteúdo
clique aqui para verificar os planos disponíveis
Já sou assinante
Deixe seu comentário